Para promotor, PRF agiu por motivo fútil e de maneira “desproporcional”
Ricardo Moon matou Adriano Nascimento com cinco tiros
O promotor de Justiça Eduardo José Rizkallah, que acusou o policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon por homicídio e duas tentativas de homicídio, avalia que o PRF agiu por motivo fútil, impediu a defesa das vítimas e teve uma reação excessiva e desproporcional.
Na acusação, Rizkallah explica que Moon agiu por motivo fútil porque matou Adriano Correia Nascimento depois de ter sido “fechado” pela caminhonete conduzida pelo empresário.
Sobre o excessos cometidos pelo PRF, o promotor comenta que ele posicionou o carro à frente do veículo das vítimas, impedindo que elas deixassem o local ou conseguissem se defender.
O promotor ressalta ainda que Moon agiu de maneira desproporcional. Isto porque o policial atirou sete vezes contra o carro do empresário, sendo que cinco disparos acertaram Adriano.
Para Rizkallah, o policial deve ser exonerado “em consequência de seus atos desproporcionais, desarrazoados e do efetivo despreparo funcional”.
JUSTIÇA
A denúncia apresentada hoje pelo Ministério Público Estadual segue agora para o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal de Júri de Campo Grande.
O magistrado tem cinco dias para avaliar se recebe ou não a denúncia do Ministério Público. Neste mesmo período, o juiz vai decidir se o PRF continua ou não preso.
O policial rodoviário federal continua preso na sede do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garras) desde dia 5 de janeiro. Em 31 de dezembro ele foi detido, mas acabou solto na noite do domingo (1º).
O CASO
O empresário Adriano Correia do Nascimento foi morto por um policial rodoviário federal no dia 31 de dezembro, no Centro de Campo Grande.
A vítima foi atingida por cinco disparos, constatou a perícia. O crime aconteceu enquanto vítima e dois amigos retornavam de uma casa noturna onde foram comemorar aniversário.
Informações da perícia criminal apontam que Ricardo Moon teria disparado pelo menos sete vezes. O caso ocorreu na Avenida Presidente Ernesto Geisel, entre a Rua 26 de Agosto e a Avenida Fernando Corrêa da Costa, quase em frente à Capela da Pax Mundial.