Impostores: PM aposentado que se passava por policial civil para roubar drogas é alvo de operação
Um policial Militar aposentado e um ex-PM que se passavam por policiais civis foram alvos da Operação Impostores deflagrada nesta segunda-feira (20) pela Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos). Eles roubavam cargas de drogas de um homem que era o ‘guarda-roupa’ de traficantes.
Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande.
Durante a investigação, a Derf identificou quatro autores: sendo um policial militar aposentado, de 59 anos, um vigilante de 48 anos e um técnico de agrimensura de 25 anos, além de um ex-policial militar expulso em 2004 da corporação. Todos foram indiciados por roubo majorado, tráfico de drogas, associação para o tráfico e fingir-se funcionário público.
Ainda durante a investigação, foram apreendidos em poder do grupo: um Gol, de cor vermelha; um Ônix, de cor prata; uma algema; 18 quilos de cocaína; e coletes policiais sem identificação.
O caso
No dia 18 de outubro, um homem morador do bairro Aguadinha, procurou a delegacia dizendo que havia sofrido um roubo em sua residência, os bandidos levaram joias, celulares e R$ 15 mil em dinheiro. Após ser confrontado com várias inconsistências, o homem revelou que, na verdade, atuava como “guarda-roupa” escondendo 65 quilos de cocaína.
Ele teria sido abordado por indivíduos que se identificaram como policiais civis da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico). Os falsos policiais usavam roupas operacionais, portavam arma de fogo, algemas e se chamavam entre si de “stive”, bem como utilizavam os veículos Gol, de cor vermelha, e Ônix, de cor prata.
Os supostos policiais acabaram realizando revista na casa e apreenderam 65 quilos de cocaína e dois aparelhos celulares. Os autores efetuaram a “prisão” do homem, colocando-o no interior do Ônix, informando que o levariam à Denar. Mas, os policiais falsos liberaram o homem no bairro Cristo Redentor e seguiram para local desconhecido em poder da droga e celulares subtraídos.
O homem relatou que somente registrou o boletim de ocorrência noticiando falsamente a subtração de dinheiro e joias porque estava desesperado em obter imagens de câmeras de segurança na vizinhança e, assim, prestar contas da perda da droga pertencente à facção criminosa, sob pena de ser morto.