Com viagem para Suíça, “Patricinha do Tigrinho” recebeu Bolsa Família

Roupas de luxo, viagens internacionais e carros importados eram apenas algumas das imagens de ostentação que influenciadoras digitais de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, compartilhavam com seus seguidores nas redes sociais. Conhecidas como as “Patricinhas do Tigrinho“, elas se tornaram referências nas divulgações de jogos de azar no mundo virtual.

Alvo de operação policial, as influenciadoras chegaram até mesmo a receber benefícios sociais enquanto promoviam uma vida de luxo.

Aline Tainara Barbosa dos Reis (foto em destaque), por exemplo, recebeu mensalmente R$ 750 do Novo Bolsa Família até abril deste ano, mesmo enquanto compartilhava imagens de viagens internacionais e ostentava carros de luxo nas redes sociais.

Para ter direito ao benefício, a renda familiar precisa ser de, no máximo, R$ 218 por pessoa.

Além disso, as investigadas também foram beneficiadas pelo Auxílio Emergencial, um programa criado para apoiar as famílias durante a pandemia de Covid.

Operação

Na manhã dessa sexta-feira (6/12), a Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou uma operação para apurar o envolvimento de Ana Carolina de Souza, Aline Tainara Barbosa dos Reis e Tawane Alexandra Silva dos Anjos em atividades ilícitas.

Elas são acusadas de incitar seus seguidores a participarem de jogos de azar, especialmente no famoso “tigrinho”, em que simulações de grandes ganhos eram feitas para atrair mais pessoas.

As investigações indicam que as influenciadoras criaram uma fachada de lucros exorbitantes, enganando centenas de pessoas. Elas divulgavam ganhos milionários em suas redes sociais, mas a plataforma de jogo que promoviam era, na verdade, manipulada, com os usuários tendo acesso a uma versão diferente da oferecida pelas influenciadoras.

Cada novo cadastro gerava uma comissão para as investigadas, o que lhes permitia financiar sua vida luxuosa, com viagens para a Europa, carros caros e imóveis de alto padrão.

A operação realizada pela Polícia Civil de Goiás cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas das mulheres em Luziânia (GO), Cristalina (GO) e São José dos Campos (SP), e foi determinada pela Vara de Feitos Relativos às Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, de Goiânia (GO).

Fonte: Metrópoles

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