Antes de calote em cafeteria, ‘jovem do tigrinho’ tentou dar golpe de R$ 14,1 mil em lojas
O jovem, de 19 anos, que ficou conhecido por aplicar um calote de R$ 57 em uma cafeteria da Avenida Afonso Pena, na quinta-feira (27) após dizer que seria milionário por meio do ‘jogo do tigrinho’, tem mais episódios de tentativas de golpes pela cidade, principalmente no bairro onde mora, na Moreninha. Um dia antes do dia de sua prisão, na quarta-feira (26), ele tentou aplicar um golpe de R$ 14.190,00, com o ‘Pix programado’ em três estabelecimentos: loja de eletrodoméstico, estúdio de tatuagem e uma loja de roupas.
Vale ressaltar que ele foi preso em flagrante na quinta-feira pelo crime de estelionato na forma tentada, mas recebeu liberdade provisória da Justiça de Mato Grosso do Sul, após passar por audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (28). Assim, ele responderá pelo crime cometido em liberdade.
Mas segundo consta no depoimento dado para o delegado no momento de sua prisão, o jovem afirmou que trabalha em uma barbearia e durante a tarde de quarta-feira, foi até uma loja de eletrodoméstico e tentou comprar uma televisão de 60′ polegadas e uma caixa de som, onde ambas custariam R$ 13.240,00, dizendo que pagaria no Pix, mas que fez o pagamento agendado, imaginando que o funcionário não iria perceber, o que não ocorreu.
Frustrado com a tentativa, disse que voltaria numa outra hora, quando o Pix caísse. Na sequência, ele passou por um estúdio de tatuagem que fica em frente ao seu trabalho e tentou fazer uma tatuagem no valor de R$ 450 e usou novamente a estratégia do Pix programado, mas o tatuador percebeu a falcatrua e não realizou o procedimento.
Saindo do estúdio de tatuagem, ele seguiu para uma loja de roupas, no qual não se recordou o nome no depoimento, e pegou algumas roupas, como blusas e camisas, onde a compra deu R$ 500. Outra vez fez um Pix programado, mas não teve sucesso na compra e deixou o local sem as roupas.
Para o delegado plantonista, o jovem explicou que recebe mensalmente com os cortes de cabelo na barbearia e seria divulgador da plataforma do ‘tigrinho’, sendo que ainda não recebeu nenhum dinheiro da plataforma, pois teria que divulgar para 10 pessoas, mas que ainda faltam 8 pessoas. Caso conseguisse esse número de pessoas, a plataforma iria repassar um valor de R$ 700.
O caso repercutido
Informações do boletim de ocorrência apontam que o indivíduo convidou um adolescente, de 17 anos, para tomar um café da manhã e no estabelecimento, consumiram dois energéticos, 5 salgados, refrigerante e compraram dois chicletes, que totalizou R$ 57. No pagamento, ele afirmou que fez um PIX antes mesmo de consumir os produtos.
A comerciante, de 42 anos, foi verificar a conta bancária, mas nenhum valor havia sido repassado. Diante da situação, o jovem passou a explicar que trabalhava com casa de aposta do ‘jogo do tigrinho’ e que tinha muito dinheiro, onde faria outro pagamento de R$ 100 para compensar o desgaste que havia gerado no local.
Assim, a mulher foi novamente verificar sua conta, mas nenhum valor havia caído e estranhando a situação, ela acionou a Polícia Militar para pedir ajuda. Quando os militares chegaram pelo local, o jovem arranjou a desculpa de que tinha mais de R$ 1 milhão na conta e que provavelmente os bancos estariam ‘boicotando’ eles por estarem ganhando muito dinheiro.
Levado para a delegacia, o jovem chegou a meter a marra de que conseguiria provar que teria realizado o pagamento, mas ao pegar o celular e acessar a conta bancária, passou a tentar ludibriar os policiais mostrando apenas as notificações do aplicativo, mas que na hora que houve a consulta do extrato, a farsa foi descoberta: o saldo estava zerado e havia transações de PIX programada.
Ao ser questionado sobre como pagaria a conta, o jovem decidiu confessar que não tinha dinheiro e que ao programar o pagamento do PIX, tentou enganar a comerciante. Assim, ele recebeu voz de prisão em flagrante pelo crime de estelionato na forma tentada.
Fonte: Top Mídia News