Reações alérgicas: o que fazer diante de um choque anafilático
No dia 17 de fevereiro, a trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, foi internada em estado grave após ter cheirado uma pimenta-bode. De acordo com os médicos, a jovem teve um choque anafilático, forma mais grave de uma reação alérgica. A condição é potencialmente fatal e ocorre quando o sistema imunológico do corpo libera uma grande quantidade de substâncias químicas, incluindo histamina, em resposta ao que está causando a alergia.
“Se não for tratado imediatamente, a reação alérgica grave pode predispor ao choque anafilático que cursa com insuficiência respiratória, queda importante a da pressão arterial e morte”, alerta o médico especialista em medicina laboratorial Dr. Roberto Franco do Amaral.
Segundo ele, o choque anafilático pode ocorrer em qualquer pessoa, independentemente de ter ou não alergias conhecidas. Por isso, é fundamental reconhecer os sintomas e procurar ajuda médica imediatamente para receber um atendimento profissional adequado. Veja os principais sinais da condição abaixo:
Urticária em todo o corpo;
Inchaço dos lábios, língua, garganta, rosto ou outros lugares do corpo;
Dificuldade para respirar ou engolir;
Dor abdominal, náuseas, vômitos ou diarreia;
Tontura, fraqueza ou desmaio,
Pressão arterial baixa ou rápido batimento cardíaco.
Como tratar o choque anafilático?
O tratamento para o choque anafilático geralmente envolve a administração imediata de epinefrina, um medicamento que ajuda a aliviar os sintomas rapidamente e estabiliza a pressão sanguínea. Além disso, o paciente pode receber oxigênio, líquidos intravenosos e outros medicamentos para tratar os sintomas.
“Vale lembrar que uma reação alérgica severa pode ocorrer mesmo em pessoas que nunca apresentaram uma reação alérgica antes. Portanto, se você ou alguém próximo a você tem histórico de alergias mais intensas, é importante estar preparado com uma injeção de epinefrina e saber como usá-la corretamente em caso de emergência. Mas essa medicação sempre será indicada por médico especialista”, finaliza Amaral.