Presos pela 2ª vez, Puccinelli e filho chegam ao Centro de Triagem
Prisão preventiva foi determinada pela Justiça Federal a pedido do MPF, sob alegação de quem existem novas provas contra o ex-governador e o filho, que abriu mão de ficar em cela especial para advogado
Presos pela 2ª vez por consequência da Operação Lama Asfáltica, o ex-governador e pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul André Puccinelli (MDB) e o filho dele, André Puccinelli Júnior, acabam de chegar ao Centro de Triagem Anízio Lima, no Complexo Penal de Campo Grande. Na unidade, eles devem ocupar a cela 17, conhecida por abrigar presos “famosos”.
Puccinelli e o filho chegaram transportados por van da PF (Polícia Federal) escoltada por duas viaturas. A garagem da unidade prisional foi aberta para que os dois descessem do veículo.
A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil) de Mato Grosso do Sul enviou logo cedo a comissão que defende as prerrogativas dos advogados à Superintendência da PF em Campo Grande. Apesar disso, Júnior abriu mão dos direitos como credenciado da Ordem para ficar junto com o pai.
Conhecida por receber presos “famosos”, com direito a internação especial, a cela 17 tem vaga para 23 internos, os considerados tranquilos. No local, eles podem receber dos visitantes cobertores, lençóis, itens permitidos aos demais internos.
Novas provas – As prisões do ex-governador, do filho dele e do advogado foram motivadas por provas obtidas com o material coletado na última fase da Operação Lama Asfáltica, segundo a PF.
Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Campo Grande a pedido feito pelo MPF (Ministério Público Federal) em maio de 2018.
No processo da 1ª instância da Justiça Federal de Campo Grande que resultou na determinação das quatro prisões em novembro, “foram juntadas novas provas constantes em relatórios elaborados pela Polícia Federal, pela Controladoria Geral da União e pela Receita Federal”.
Ainda segundo a PF, as movimentações bancárias do Instituto Ícone do Direito – que pertence a Puccinelli Júnior e já teve João Paulo Calves e Jodascil Gonçalves Lopes (o terceiro preso da 5ª fase) como sócios – evidenciaram depósito de dinheiro que seriam de propina paga pela JBS.