Recorde à vista: 2024 pode ter calorão histórico em MS

O primeiro dia de 2024 começou “fresquinho” em Campo Grande e em outros municípios de Mato Grosso do Sul onde choveu na virada do ano. Mas, não se engane: nos próximos dias, o calor tende a ser ainda mais difícil de suportar do que já foi.

A expectativa é de temperaturas extremas não só agora em janeiro, mas nos dois seguintes meses do ano novo em que o verão se estende. Os termômetros poderão registrar, inclusive, valores históricos em Mato Grosso do Sul, ou seja: há chances de recordes de calor até março.

É o que diz o prognóstico do Cemtec (Centro de Monitoramento do Clima e Temperatura) para o Estado e também o do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) para todo o Centro-Oeste, região que acaba mais atingida pelos raios solares por causa da posição geográfica.

Mais que 43ºC – O Cemtec aponta que o verão sul-mato-grossense já chegou a atingir de 40ºC até 43ºC como temperaturas mais elevadas no verão, como mostra acompanhamento meteorológico.

Este ano, com a contínua influência do El Niño, fenômeno que causa aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, esses valores poderão ser ainda maiores.

Novas ondas de calor também são promessa do prognóstico. “Através da análise dos modelos de previsão do tempo é possível identificar que outros sistemas de alta pressão atmosférica devem se formar durante o verão. Nesse sentido, devemos ter a formação de bloqueios atmosféricos, resultando em altas temperaturas e, até mesmo, novas ondas de calor em Mato Grosso do Sul”, acrescentou o Cemtec.

Chuvas e o Pantanal – Além de altas temperaturas, o verão em Mato Grosso do Sul pode ter chuvas um pouco abaixo da média histórica, que atualmente está entre 500 a 700 milímetros. Água pode cair com menos intensidade nas regiões sul, pantaneira e sudoeste, ainda conforme o Cemtec.

Além de refrescar o calor amplificado pela cobertura de asfalto nos centros urbanos, a chuva também é bem-vinda no Pantanal, ecossistema que ano a ano tem registrado incêndios de grandes proporções. Em 2023, eles acabaram preocupando até em novembro, mês que costuma começar a trazer precipitações mais concentradas.

Como consequência também do El Niño e da crise climática, o Rio Paraguai, que regula secas e cheias no Pantanal, pode também encher menos do que a média em 2024. A previsão é do pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em Corumbá, Carlos Roberto Padovani e foi registrada aqui. Com áreas secando mais cedo, a probabilidade de serem atingidas por incêndio acaba aumentando.

– CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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