Menina de 3 anos trocada por drogas pela mãe e morta em ‘boca’ é velada em igreja na fronteira

A menina de 3 anos, que foi trocada por 30 pedras de crack pela própria mãe e encontrada morta com sinais de violência sexual, é velada nesta segunda-feira (24) na Igreja Santo Antônio de Pádua, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que fica na fronteira com Ponta Porã, a 346 quilômetros da Capital.

Segundo o site local Ponta Porã News, a promotora pública de Pedro Juan pediu a prisão preventiva da mãe da menina, presa por envolvimento com o crime, e do adolescente de 17 anos, apreendido.

Durante a madrugada, o corpo da menina chegou da capital Assunção, onde passou por exames que comprovaram que ela sofreu abuso sexual, segundo o médico legista Pablo Lemir.

“Por outro lado, quando estamos falando de uma menina de 3 anos, estamos falando de uma vida truncada, uma potencialidade truncada, uma história truncada”, disse o legista à mídia paraguaia.

Ainda segundo o legista, para saber se a menina foi submetida antes ou depois da sua morte, foram enviadas amostras de tecido para a respectiva análise, que consiste num estudo toxicológico e patológico.

‘Boca de fumo’ incendiada

Mais de 300 moradores do bairro Romero Cué, em Pedro Juan Caballero, cidade localizada na fronteira com Ponta Porã, invadiram a residência onde funcionava a ‘boca de fumo’ e colocaram fogo no local. Os vizinhos estão revoltados com a morte brutal da menina Luz Maida.

Investigações da Polícia Nacional apontam que a criança de apenas 3 anos de idade foi deixada no local pela própria mãe em troca de 30 doses de crack na última sexta-feira e encontrada morta no sábado (22) em uma casa abandonada.

O corpo da menina foi levado para Assunção, onde passou por perícias. Há suspeitas de que Luz Maida tenha sido abusada sexualmente. Os requintes de crueldade que envolvem o crime aumentaram o clima de tensão entre os vizinhos e o dono da ‘boca’, que ameaçam fazer um linchamento da envolvida.

Neste domingo (23), o promotor de Justiça José Luis Torres, nomeado para trabalhar no caso, indiciou a mãe da menina e um adolescente de 17 anos, que estariam diretamente ligados ao crime.

30 doses de crack

Fontes do Ministério Público do Paraguai apontam que há evidências de que a menina foi dada pela mãe ao adolescente em troca de drogas. Trinta doses de crack, no valor de G. 100 mil, foi o que a mãe viciada teria recebido por ter desistido da filha.

Ao Jornal Midiamax uma das autoridades policiais em Ponta Porã, que acompanha o caso, disse que a família possui um “histórico de tragédias” e que a mãe estava sob efeito de drogas e se manteve “fria”, enquanto ocorriam as buscas pela menina. A região onde a menina morava é de extrema pobreza.

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