Ex-governador do Paraná, Beto Richa é preso preventivamente
Ele foi preso nesta sexta-feira (25). De acordo com a Justiça, Beto Richa tentou influenciar depoimento de testemunhas na Lava Jato.
O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi preso em casa, em Curitiba, por volta das 7h desta sexta-feira (25), de acordo com a Justiça Federal. A investigação que originou o mandado de prisão apura supostos crimes na concessão de rodovias do estado. É a segunda vez que o tucano é detido.
A prisão é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. Dirceu Pupo Ferreira, contador da ex-primeira dama Fernanda Richa, é outro alvo de prisão preventiva. De acordo com fontes do G1 Paraná, ele também foi preso.
Conforme a decisão do juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, Richa e Pupo atuaram de forma deliberada para influenciar o conteúdo dos depoimentos de testemunhas no contexto da investigação envolvendo esquema de corrupção sistêmica e lavagem de dinheiro.
“Ficou comprovado o empenho dos investigados em influir na prova a ser produzida, destacando episódio de turbação/obstrução da investigação, no contexto em que Dirceu Pupo Ferreira tentou convencer uma testemunha a alterar a verdade sobre fatos da investigação acerca do patrimônio da família Richa”, diz trecho do despacho.
Os pedidos de prisões foram feitos pelo Ministério Público Federal (MPF) em um desdobramento da Operação Integração – que foi uma fase da Lava Jato, que investigou a concessão de rodovias no Paraná.
Beto Richa e Dirceu Pupo Ferreira foram presos por policiais federais. Os dois foram levados para a Superintendência da Polícia Federal (PF), em na capital paranaense.
O ex-governador é investigado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.