Centrão pressiona, mas Bolsonaro reluta em aceitar Tereza Cristina para vice
O centrão está pressionando o presidente Jair Bolsonaro (PL) a aceitar o nome da ministra da Agricultura Tereza Cristina (DEM) para concorrer a vice-presidência, mas ele ainda está relutante. Pesquisas da pré-campanha de Bolsonaro indicam o machismo como um dos pontos fracos dele, que perde cada vez mais votos no eleitorado feminino.
A deputada licenciada é o nome de aposta dos ministros do centrão que tentam angariar votos femininos, diz matéria do Estadão. Tereza deve se filiar ao Progressistas, partido do chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
A ideia do centrão, é que Tereza Cristina como candidata a vice vai ajudar a quebrar a resistência de votos femininos a Bolsonaro, além de contribuir com o apoio do agronegócio e produtores no geral.
Filho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é um dos que tentam convencer o pai a fazer composição com Tereza Cristina, e não com um militar. Trata-se do único nome de mulher sendo discutido no momento, no Planalto. Não há um plano B.
Não quer Tereza
Porém, o Estadão indica que Bolsonaro confia em Tereza Cristina, mas prefere fazer dobradinha com o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, com quem se sente mais à vontade. O presidente disse a aliados que a escolha de um militar como ele para vice é uma espécie de “seguro” contra processos de impeachment.
Perdendo apoio
Bolsonaro tinha apoio unânime do “agro”, mas ano passado, sete entidades da agroindústria assinaram manifesto em defesa da democracia e do respeito às instituições. Além disso, o ex-presidente Lula vem tentando conquistar o setor com articulações com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como vice, e proposta dele ocupar Ministério da Agricultura, caso a chapa vença em outubro.
A ministra se desincompatibiliza do cargo em abril, e afirma que vai concorrer ao Senado. Até lá, as articulações em torno de seu nome continua.
Fonte: Top Mídia