Candidata ao Senado denuncia suplente na Polícia Civil por ameaça
Soraya Thronicke registrou boletim de ocorrência contra Rodolfo Nogueira, atual presidente do partido no Estado, e pediu providências à cúpula do PSL
Reclamações da candidata ao Senado Soraya Thronicke sobre a postura de seu partido, o PSL, em relação à sua campanha e do presidenciável Jair Bolsonaro se converteram em denúncia à Polícia Civil, com registro de ocorrência por ameaça atribuídas ao presidente regional da legenda e primeiro suplente na sua chapa, Rodolfo Nogueira. Denúncia sobre o episódio também foi encaminhada à Direção Nacional do PSL, pedindo-se providências contra o dirigente social-liberal.
A discordância da direção estadual do PSL, narra Soraya, data desde a convenção na qual o partido fechou coligação com o PSDB na proporcional –o que contrapõe deliberação de julho deste ano da direção nacional vetando tal aliança, embora Nogueira afirmasse ter aval do comando do partido para tal entendimento. Porém, agravou-se com a confecção de materiais de campanha dos candidatos a deputado federal e estadual que incluíram os candidatos a senador da chapa tucana –Nelsinho Trad e Marcelo Miglioli– e não faziam menção a Bolsonaro.
Além disso, a candidata a senadora reclamou do fato de que candidatos de outros partidos passaram a associar suas campanhas a Bolsonaro –caso de Dorival Betini (PMDB), que informou tomar tal atitude com anuência do presidente regional do PSL. Ela ainda afirmou que tentou obter esclarecimentos do presidente regional, sem sucesso.
Diante de tais fatos, ela decidiu levar o impasse à cúpula nacional do partido, apontando prejuízos à sua campanha e também à de Bolsonaro. Em 1º de setembro, Soraya disse ter recebido ligação de Rodolfo Nogueira que, por telefone, proferiu ameaças. “Eu vou te avisar, nunca mais passe por cima de mim… escute bem: na próxima vez que você passar por cima de mim eu acabo com você”, teria dito o presidente regional do PSL à candidata, conforme boletim de ocorrência registrado nesta quinta-feira (27).
Colete – Soraya repetiu as acusações em documento encaminhado a Gustavo Bebbiano Rocha, presidente nacional em exercício do PSL, protocolado nesta sexta-feira (28). Nele, a candidata afirma que, depois das ameaças, esteve na região da Grande Dourados para fazer campanha acompanhada de seguranças e usando colete à prova de balas.
Diante de tais fatos, Soraya pediu providências à direção do PSL, incluindo intervenção no Diretório Regional de Mato Grosso do Sul. Em nota distribuída nesta sexta-feira, a candidata reforçou o descontentamento com os materiais de campanha e o pedido de providências.
Fonte: Campo Grande News