Ana Amélia aceita ser vice de Alckmin dizem aliados
Senadora do PP integrará chapa mesmo com desconfiança de seu partido e de outros do centrão
A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse nesta quinta-feira que aceita ser vice na chapa do presidenciável tucano Geraldo Alckmin, mas condicionou seu “sim” a acordos entre PP e PSDB no âmbito nacional e também em seu Estado, o Rio Grande do Sul. Falando em seu gabinete em Brasília, ela disse que as conversas “estão bem encaminhadas” entre os dois partidos.
“Estamos aguardando a batida do martelo pelo PSDB e pelo Geraldo Alckmin, em contato com o PSDB”, disse Ana Amélia. “A minha decisão depende desses acertos. Se os acertos [PP e PSDB gaúchos] não forem concluídos satisfatoriamente, eu tenho que ver como vai ficar.” Ela afirmou ainda que “a palavra final será do próprio Geraldo Alckmin e também do presidente nacional do PP, [senador] Ciro Nogueira, que vêm encaminhando esse entendimento”. “Essa decisão final, definitiva, será anunciada por ele [Alckmin], depois desse acordo.”
Ela disse ter sido convidada pessoalmente por Alckmin ontem, em seu apartamento em Brasília. E que recebeu um telefonema do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pedindo que aceitasse o convite.
No âmbito nacional, Ana Amélia precisa vencer resistências dentro do próprio comando do PP, por ser vista como “independente demais”. E também porque as lideranças do partido acreditam que o peso de poder dentro da legenda penderia para o lado da senadora, em caso de vitória na eleição presidencial.
No âmbito regional, é preciso fazer um acerto que envolva uma chapa conjunta entre PP e PSDB. Até antes do convite, o PP pretendia lançar o deputado federal Luis Carlos Heinze como candidato a governador. Ele concorreria também contra o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB). Ao lado da senadora, Heinze disse que aceitaria largar a disputa em em nome do acordo. Uma probabilidade maior seria que ele se lançasse candidato ao Senado, no lugar de Ana Amélia.
Fonte: UOL