Juízes e procuradores protestam por auxílio moradia e reajuste salarial
Seguindo manifestação nacional, cerca de 30 juízes e procuradores federais protestam, desde o início da tarde desta quinta-feira (15), por reajuste salarial e contra questionamentos sobre auxílio moradia dos magistrados. O ato acontece no Fórum Trabalhista da Capital e pelo menos 400 processos que teriam audiência ou despachos nesta quinta foram impactados.
Entre os manifestantes estão o juiz Christian Estadulho, presidente da Amatra (Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 24ª Região). Segundo ele, os atendimentos nesta quinta estão em regime de plantão e só acontecem em casos de prisão em flagrante.
Além de protestar por reajustes salariais, os magistrados e procuradores criticam duramente o que eles chamam de “ataque à independência do poder Judiciário”. Os ataques estariam sendo resultado de questionamentos acerca dos subsídios oferecidos aos juízes e procuradores, principalmente o auxílio moradia.
“Se continuar esse ataque, a gente vai voltar para um cenário pré-Lava Jato. Esse é um quadro de retaliação e inversão da pirâmide remuneratória”, afirma Christian.
Os juízes e procuradores questionam principalmente “a quem interessam” os ataques aos magistrados, que, segundo eles, são os que mais tem trabalhado contra a corrupção.
A juíza Raquel Domingues, da 3ª Vara Federal, afirmou que os questionamentos sobre subsídios aos magistrados é uma tentativa de “normatizar a corrupção por meio do ataque”.
Para o procurador federal Silvio Pettengill Neto, a reforma trabalhista também foi assunto do protesto. “A Justiça do Trabalho é a parte mais atingida de tudo isso, então tentando oferecer tratamento discriminatório dos juízes”.
Para o procurador federal Silvio Pettengill Neto, a reforma trabalhista também foi assunto do protesto. “A Justiça do Trabalho é a parte mais atingida de tudo isso, então tentando oferecer tratamento discriminatório dos juízes”.