MS lidera em crescimento do PIB do agronegócio entre os estados brasileiros
O ano anterior testemunhou um notável crescimento em seu Produto Interno Bruto (PIB) relacionado ao agronegócio em Mato Grosso do Sul, superando todos os outros estados brasileiros com uma taxa impressionante de 32%. Esse desempenho colocou o estado à frente de economias como Tocantins, Mato Grosso e Paraná, que registraram taxas de crescimento de 25,6%, 23,5% e 22,9%, respectivamente. Esses dados são extraídos da análise regional fornecida pelo Banco do Brasil, que monitora de perto os indicadores econômicos em todo o país.
O governador Eduardo Riedel expressou seu orgulho pelo progresso do estado na produção agrícola, enfatizando o compromisso contínuo com a preservação ambiental. Ele destacou a harmonia entre a expansão produtiva e a sustentabilidade ambiental, afirmando que Mato Grosso do Sul se destaca na prática de uma agricultura sustentável. Riedel enfatizou ainda o compromisso com o aprimoramento da infraestrutura e logística para facilitar o escoamento da produção agrícola. Além disso, ressaltou as conquistas legislativas, como a lei de proteção ao Pantanal, evidenciando a inseparabilidade entre um setor agrícola moderno e competitivo e a conservação ambiental.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, atribuiu a liderança de Mato Grosso do Sul na geração de riquezas do agronegócio a uma política robusta de apoio às cadeias produtivas do setor, implementada pelo governo estadual. Ele enfatizou a eficácia das ações governamentais, incentivos fiscais e linhas de crédito oferecidas por meio do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), que têm impulsionado o crescimento contínuo da produção agropecuária, gerando novas oportunidades de emprego e promovendo a sustentabilidade no estado.
Além do destaque no setor agrícola, Mato Grosso do Sul registrou avanços modestos em outros setores, com um crescimento de 1,1% na indústria e 4,3% nos serviços, contribuindo para um crescimento total de 8,4% no PIB, conforme revelado pela pesquisa do Banco do Brasil.
Confira o top 10:
Em termos de participação na geração de riquezas nacionais, Mato Grosso do Sul se destacou com uma participação de 7,6% na produção agropecuária nacional, especialmente nos cultivos de soja (7,2%), milho (12,3%) e algodão (1,8%). Para o ano de 2024, apesar da estiagem no período anterior, Mato Grosso do Sul mantém uma estimativa otimista para a safra de soja, prevendo um aumento de 6,5% em relação ao ciclo anterior (2022/2023), alcançando uma área plantada de 4,265 milhões de hectares. A produtividade esperada é de 54 sacas por hectare, o que resultaria em uma expectativa de produção de 13,818 milhões de toneladas.
Quanto à economia nacional, o relatório do Banco do Brasil aponta para uma desaceleração constante da riqueza do país, com a taxa de inflação medida pelo IPCA encerrando 2023 em 4,62%, dentro da faixa estabelecida como meta pelo Banco Central. Para o ano de 2024, projeta-se uma inflação de 3,7%, acompanhada de uma taxa básica de juros Selic de 9,25% ao ano. Essas projeções refletem os efeitos da política monetária, ainda contracionista, evidenciados pelos indicadores recentes de atividade econômica, que apontam para um crescimento mais moderado nos últimos meses, especialmente nos setores de serviços e indústria.
No que diz respeito ao mercado de trabalho, espera-se que 2024 termine com uma taxa de desemprego de 8,4% e um aumento salarial de 1,2% em relação ao ano anterior. No cenário do agronegócio, prevê-se uma contribuição menos expressiva do setor para a economia nacional. Isso se deve a uma redução na área plantada de milho safrinha, devido ao atraso na época de plantio e às condições climáticas desfavoráveis.
Por outro lado, o aumento da renda das famílias, impulsionado pelos pagamentos de precatórios e pelo aumento real do salário mínimo, deverá estimular o consumo. Quanto ao crédito, a perspectiva é mais favorável devido à redução das taxas de juros, levando o Banco do Brasil a projetar um crescimento econômico de 1,8% para o Brasil em 2024.
Fonte: A Gazeta Conesul