Defesa pede liberdade de piloto interceptado por aviões da FAB com aeronave carregada com cocaína
A defesa do piloto Leandro Muller de Paula, preso com um carregamento de cocaína avaliada em mais de R$ 13 milhões, pediu pela liberdade, nessa segunda-feira (18). Ele foi preso depois de ser interceptado por caças da FAB (Força Aérea Brasileira) e teve que fazer um pouso forçado no interior de São Paulo.
O caso está na 3º Vara Federal e a defesa pediu pela liberdade com ou sem fiança, “Abra-se vista dos autos ao Ministério Público Federal para manifestação, com a urgência que o caso requer, em razão da natureza do pedido formulado.”, diz a petição.
O traficante era procurado por agentes da Polícia Federal e foi localizado em Campo Grande. A prisão aconteceu na quarta-feira (13).
O piloto estaria a serviço de organizações criminosas especializadas no tráfico internacional de drogas.
Os agentes da PF também cumpriram dois mandados de busca contra outros possíveis integrantes da quadrilha, cujas demais informações também não foram divulgadas.
Pouso forçado
No dia 18 de janeiro deste ano, o Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle Aéreo) do país vizinho detectou um avião que cruzou clandestinamente a fronteira entre o Paraguai e o Brasil, no Mato Grosso do Sul.
Eles rapidamente lançaram dois caças A-29 Super Tucano e começaram a perseguir a aeronave suspeita. O comandante de um dos dois caças ordenou que o piloto pousasse imediatamente em um aeroporto ou campo de aviação.
Diante disso, o homem foi obrigado a fazer um pouso forçado em uma plantação de soja, no município de Santa Cruz do Rio Pardo, no interior de São Paulo. Ele abandonou o avião EMCB-720 com a carga e conseguiu fugir do lugar.
Ao revistar a aeronave, a polícia encontrou um total de 528 quilos de cocaína. Na época, testemunhas relataram que duas pessoas abandonaram o avião e fugiram para a floresta. Entretanto, segundo a polícia, apenas o piloto estava no avião, com a cabine cheia de drogas.