Capataz fatura mais de R$ 120 mil após vender gado do patrão e é preso
Um capataz de 45 anos foi preso após faturar mais de R$ 120 mil com vendas de gados furtados do patrão. A prisão aconteceu ontem (11), após o dono da fazenda localizada em Anhanduí descobrir os furtos e denunciar o funcionário.
O funcionário estava negociando a venda de três bezerros por R$ 9,6 mil com um comprador de 48 anos que desconfiou do valor e resolveu entrar em contato com o proprietário da fazenda, 67 anos, para confirmar a informação.
O fazendeiro então disse que não tinha autorizado nenhuma venda dos animais de sua propriedade e acionou a polícia, que foi até o local onde realizou a prisão do autor e levou para o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) de Campo Grande.
Já na delegacia, a vítima relatou que é dono de uma fazenda com 680 hectares e tinha em torno de 1200 cabeça de gado.
Apesar de ser proprietário, relatou que paga o funcionário para tomar conta do espaço enquanto ele visita a fazenda a cada 20 dias e realiza a vistoria, mas sem conferir a quantidade de animais.
O autor trabalhava na fazenda há três anos, mas não despertava a desconfiança do patrão. No entanto, há quatro meses eles separaram um lote de gado para venda, porém, no momento de fechar o negócio, notou que estava faltando animais.
Para que o patrão não desconfiasse do desaparecimento, o funcionário chegou a dizer que os animais separados tinham se misturado com os demais gados da fazenda.
Na época, eles separam outro lote e concluíram a venda. Contudo, o patrão resolveu conversar com os fazendeiros vizinhos sobre a desconfiança e ao falar com um proprietário de uma outra fazenda de 37 anos, o mesmo relatou que tinha comprado 60 cabeças de gado da propriedade da vítima.
O fazendeiro comprador relatou que pagou cerca de R$ 120 mil ao capataz pelos animais. A Polícia Militar esteve no local e realizou a apreensão dos gados.
Na delegacia, o autor revelou que vendeu 12 animais para um cunhado, realizou três vendas para um pecuarista de uma fazenda vizinha e negociou ainda mais animais para um açougue. As vendas eram realizadas abaixo do preço do mercado e sem documentação.
O autor ainda relatou que o dinheiro que conseguiu com as vendas foi usado para a compra de uma caminhonete L200 Triton, um carro GM Onix.
CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS