Cresce número de pacientes graves com Covid-19 e ocupação em UTIs chega a 98% em MS
Mato Grosso do Sul vive o pior momento da pandemia do coronavírus, com o número de casos aumentando e refletindo na ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensa), aqueles para pacientes com estado mais grave da doença, chegando a 97,96% no Estado.
Em menos de três dias, esse percentual aumentou quase 4%. Na última sexta-feira (5), a ocupação estava em 94%, número já considerado crítico, de acordo com o sistema Mais Saúde, da SES (Secretaria de Estado de Saúde). De um total de 393 leitos de UTI exclusivos para a covid-19, só 10 estão disponíveis atualmente.
Já a ocupação de leitos clínicos SRAG/Covid-19 (Síndrome Respiratória Aguda-Grave) está em 46,58% no Estado, sendo 1.082 no total. Nos leitos de UTI gerais (covid e não-covid), a taxa está em 88,12%
“Estamos muito preocupados. Na maioria dos estados, a ocupação está acima de 85% e em alguns está chegando a 100% da ocupação de leitos, não só público, mas privados”, havia lamentou o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, durante a semana.
Mais leitos em Campo Grande
No sábado (06), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) determinou a abertura de 20 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para se somar às 283 vagas disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde) contratados em hospitais públicos, privados e filantrópicos.
Além disso, para tentar conter o avanço da doença, as barreiras sanitárias, criadas no ano passado, serão retomadas. O número de ônibus do transporte coletivo também deverá ser ampliado, principalmente em horários de pico, com objetivo de minimizar os problemas com lotação e eventuais aglomerações. A ocupação atual está em 70% (setenta por cento) da capacidade máxima permitida.
Ao Jornal Midiamax, o secretário municipal de Saúde, José Mauro de Castro Filho, assegurou que a Capital ainda tem leitos disponíveis. “Temos 91% das vagas públicas ocupadas, nos privados estão ocupados em torno de 88% e naqueles contratualizados, há 85% de ocupação”, elencou.
Castro Filho disse que essas são as medidas possíveis no momento. “Se dependesse só da Saúde, fechava tudo por 15 dias. Mas essa não é uma possibilidade, tem que ser uma decisão de todos os secretários”, explicou.