Delegado preso no DF produzia maconha ‘em escala industrial’, diz Polícia Civil
Marcelo Marinho de Noronha, a mulher e dois filhos foram detidos em flagrante; G1 tenta contato com defesas. Suspeitos vão responder por tráfico de drogas.
O delegado Marcelo Marinho de Noronha, preso nesta sexta-feira (4) por tráfico de drogas, produzia maconha “em escala industrial”, segundo relato da Polícia Civil à Justiça do Distrito Federal. A declaração consta na ata da audiência de custódia que determinou a prisão preventiva do servidor.
Em uma chácara da família do policial, em São Sebastião, a Corregedoria-Geral da corporação apreendeu 128 pés de maconha. A mulher de Marcelo e os dois filhos do casal também foram detidos. Eles vão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O G1 tenta contato com as defesas.
A prisão é resultado de uma investigação que durou dois meses, após uma denúncia anônima. No imóvel, na região de Nova Betânia, os agentes encontraram estufas, sementes da espécie cannabis sativa e iluminação artificial, que seria usada para potencializar o crescimento das plantas.
“Também durante os trabalhos de investigação da Polícia Civil, constatou-se que vários visitantes da residência de Marcelo possuiriam antecedentes criminais, inclusive por tráfico de drogas”, diz trecho da audiência de custódia.
‘Tecnologia avançada’
Na decisão que determinou a prisão por tempo indeterminado do delegado, o juiz Evandro Moreira da Silva cita o “método sofisticado de produção dos entorpecentes”. Segundo o documento da Justiça, a família possuía “um arsenal de equipamentos que possibilitariam o plantio em larga escala”.
“A grande quantidade de plantas encontradas no local está a indicar, ao menos neste momento indiciário, a configuração do delito de tráfico, e não apenas a de produção para uso próprio da substância.”
Já a Corregedoria-Geral fala em “infraestrutura tecnológica bem avançada para transformação da planta em droga”. Ao todo, foram apreendidos R$ 3,5 mil em espécie na casa da família.