Defesa de João de Deus apresenta habeas corpus para revogar prisão
Médium acusado de abuso sexual está preso no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia
A defesa do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, apresentou nesta segunda-feira um pedido de habeas corpus com o objetivo de reverter a prisão preventiva do líder religioso. Ele é investigado por uma força-tarefa que apura denúncias de abuso sexual feitas por mulheres atendidas em seu centro espiritual, a Casa Dom Inácio de Loyola, na cidade de Abadiânia (GO).
João de Deus se entregou à polícia neste domingo e está preso no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiâna, a 20 quilômetros da capital. Ele divide a cela com três advogados desde a noite de domingo 16, quando chegou à cadeia após prestar depoimento e fazer exame de corpo de delito.
Caso o habeas corpus seja negado, a estratégia da defesa será pedir que se adote medidas cautelares, em vez da prisão. Entre as opções cogitadas pelo advogado Alberto Toron estão prisão domiciliar, uso de de tornozeleira eletrônica e a proibição dele exercer o ofício dele.
“São medidas que acautelam o meio social, que preservam a possibilidade da prática de novos crimes, se é que eles existiram, com um método menos invasivo, meio menos invasivo”, explicou o defensor.
No primeiro depoimento à Polícia Civil, João de Deus negou todas as acusações de abuso sexual. Ele deve ser intimado a um novo interrogatório quando a investigação for apurar outros possíveis crimes cometidos pelo médium. Por enquanto, as investigações se concentram em 15 casos, que serão apurados separadamente.
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