Homem confessa que matou Daniel porque jogador tentou estuprar sua mulher
Edison Brittes se entregou à polícia e admitiu que matou o atleta para proteger sua esposa, que havia sido vítima de tentativa de estupro
O caso da morte do jogador Daniel, que estava emprestado pelo São Paulo ao São Bento, está perto de um desfecho. O empresário Edison Brittes Júnior , suspeito do brutal assassinato, confessou o crime à Polícia Civil do Paraná.
Segundo o site “Banda B”, o advogado de defesa Cláudio Daledone disse que Edison foi o responsável pela morte do jogador Daniel e alegou que seu cliente agiu dessa maneira em legítima defesa, para proteger sua esposa que teria sido atacada pelo atleta enquanto dormia.
Na versão contada por Daledone, Edison arrombou a porta do quarto ao escutar a sua esposa, Cris Brittes , pedindo por socorro e viu Daniel sobre ela, de cueca, tentando ter relação sexual.
A decisão de matar o jogador com uma faca aconteceu quando o marido viu as mensagens de Daniel trocadas com um amigo pelo celular, em que dizia que havia tido relações sexuais com Cris e, inclusive, mostrando uma foto ao lado dela deitado na cama.
Edison Brittes, que é proprietário de um mercado em São José dos Pinhais, se apresentou à polícia nesta quinta-feira. Ele foi detido e indicou o local onde estava o pênis do atleta, que foi arrancado.
Em entrevista à TV Globo, Edison contou que agrediu Daniel com outros amigos por cinco minutos antes de colocá-lo no porta malas do carro e levá-lo para o matagal, onde aconteceria o crime.
Cris Brittes já havia sido detida na noite de quarta-feira, no exato momento em que seguia para o escritório do advogado. A filha do casal, Allana Brittes, de 18 anos, que convidou Daniel para a casa da família, também foi presa para prestar esclarecimentos.
A morte do jogador Daniel foi no sábado passado pela manhã, mas a confirmação só aconteceu no último domingo.
Ficha criminal do empresário
Edison possui uma extensa ficha criminal e responde por diversos processos desde 2005. Entre os crimes praticados constam pelo menos três contravenções por porte ilegal de arma, uma em 2018, outra em 2017 e a terceira em 2015.
Também em 2015, por meio de uma denúncia anônima, Brittes foi acusado de realizar adulteração de chassi de veículo. Após abordagem da polícia na casa do suspeito, o veículo foi localizado e então os policiais constataram uma adulteração na numeração dos vidros do automóvel. Em 2017, mais um processo de adulteração de veículo foi encontrado no nome de Edison por meio de uma outra denúncia.
Em 2005, ele respondeu por ameaça e crime contra a pessoa e, em 2007, foi acusado de crime contra o patrimônio.
Nesta quinta-feira (1º), no início da tarde, o advogado Claudio Dalledone Junior, que defende o suspeito de matar o jogador de futebol, entrou com um pedido judicial para ter acesso a todos os processos sigilosos que estão em trâmite no nome de Edison Brittes Junior, pois, além dos processos citados acima, o homem teria ainda mais uma lista extensa de acusações.