Tenente-coronel acusada de matar o marido major deverá ir a júri

 

A tenente-coronel da Polícia Militar Itamara Romeiro Nogueira, acusada de ter assassinado a tiros o marido, major PM Valdeni Lopes Nogueira, deverá ser levada a julgamento pelo júri popular. A decisão foi tomada pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, que nesta quarta-feira liberou a sentença de pronúncia contra a oficial. O crime aconteceu no dia 12 de julho de 2016, na residência do casal, localizada rua Brasil Central, Bairro Jardim Santo Antônio, em Campo Grande. A data do julgamento será fixada após o prazo de possíveis recursos contra a decisão.

Conforme a denúncia da Promotoria de Justiça, Itamara Romeiro, que desde a época dos fatos era ajudante de ordens na Coordenadoria Geral de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça, desferiu tiros de pistola contra Valdeni Nogueira.

Os dois eram casados e tinham uma filha e estariam enfrentando problemas conjugais. Naquele dia houve uma discussão entre eles, no interior da residência. A vítima teria se dirigido à porta que dá acesso à garagem, para sair do local, oportunidade em que a tenente-coronel  pegou a pistola e efetuou os disparos, atingindo o major nas costas. Ele morreu no local.

A oficial alega que agiu em legítima defesa, sustentando que o marido pretendia pegar uma arma que estava na caminhonete. Itamara Romeiro chegou a ser autuada em flagrante, procedimento à época convertido em prisão preventiva durante audiência de custódia. Mas, logo depois, o juiz Alexandre Tsuyoshi Ito, que atuava em substituição  na 2 Vara, decidiu colocá-la em liberdade, atendendo requerimento da defesa.

APRESENTAÇÃO OBRIGATÓRIA

O juiz Aluizio Pereira alertou que a militar deverá se apresentar em juízo periodicamente, o que ela teria parado de fazer em março, sob pena de ter o benefício da liberdade provisória revogado. De acordo com a sentença de pronúncia, a tenente-coronel poderá continuar aguardando o julgamento em liberdade, uma vez que já está beneficiada com a revogação da prisão preventiva.

Contudo, deverá continuar a cumprir as condições impostas anteriormente, como comparecer trimestralmente em juízo e a todos os atos processuais e de não se ausentar de Campo Grande por mais de oito dias sem a autorização judicial. O determinou a intimação de Itamara Romeiro, advertindo-a de que o cumprimento das condições deve ser observado.

Com informações do jornal Correio do Estado.

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